Vinhedo - Terça-Feira, 31 de Outubro de 2017 - Hora:09:29

Com trabalho de acolhimento, Vinhedo tenta reduzir faltas às consultas agendadas, que chegam a 37%

Secretaria de Saúde orienta que os pacientes comuniquem o não comparecimento de forma antecipada para que a vaga possa ser destinada a outros usuários

 

A Prefeitura de Vinhedo, por meio da Secretaria de Saúde, segue trabalhando para amenizar um grave problema na Rede Municipal de Saúde, que são as faltas às consultas agendadas com médicos, que em alguns casos chegam a 37%, ficando em 33% na média. Uma dessas ações é o acolhimento de outros pacientes para essas vagas como forma de reduzir esses índices.

 

“Muitas vezes, o paciente agenda a consulta e não comparece. E a Prefeitura não é comunicada de forma antecipada. Independente do motivo da falta, seria importante que o usuário ou algum familiar avisasse a Secretaria de Saúde. Assim, essa vaga é destinada a outros pacientes. Esse simples gesto faria com que o tempo de espera por uma consulta fosse bem menor”, comentou o prefeito Jaime Cruz.

 

De acordo com balanço da Secretaria de Saúde, apresentado na última sexta-feira, 27, durante audiência pública na Câmara de Vereadores, no período de maio a agosto deste ano (2º quadrimestre), as faltas nas consultas com ginecologista e obstetra na Rede Municipal foram de 37%. De 7.734 agendamentos, 2.880 pacientes não compareceram. Neste caso, com o trabalho de acolhimento, 2.189 pacientes conseguiram ser atendidas nessas vagas, fazendo com que o índice de aproveitamento chegasse a 91%.

 

Nas consultas com pediatra, no mesmo período, de 8.021 agendamentos, 2.384 crianças não foram levadas para as consultas, ou seja, 30% do total. A Prefeitura, no entanto, conseguiu acolher outras 1.017 crianças, elevando o índice de aproveitamento para 83%. Já nos agendamentos com clínico geral, de 13.040 pacientes que eram esperados, 34% (4.397) não se apresentaram. O acolhimento deu oportunidade a 1.238 pessoas de serem atendidas nessas vagas, aumentando o aproveitamento para 76%.

 

Ao todo, nas clínicas básicas, na análise do 2° quadrimestre, foram realizados 28.795 agendamentos. Destes, 9.661 não compareceram, 33% do total. A Prefeitura acolheu outros 4.444 pacientes, 19% do agendamento. Assim, o aproveitamento ficou em 82%. O objetivo, no entanto, é fazer com que o índice de perdas seja no máximo de 10%.

 

“Nestes quatro meses, com o acolhimento nas clínicas básicas, conseguimos fazer com que 4.444 pacientes fossem atendidos no lugar de pessoas que não compareceram e não avisaram, mas mesmo assim, 9.661 consultas simplesmente se perderam, mesmo com o médico estando lá para atender. É um número muito alto. Reforçamos aos moradores que não deixem de nos comunicar de forma antecipada”, salientou o secretário de Saúde, Alexandre Viola.

 

Como resultado desse acolhimento, o quadrimestre passado foi o segundo melhor dos últimos cinco em número de atendimentos na atenção básica. O secretário explicou que a presença do enfermeiro, dentro de uma nova sistemática de atendimento, vem sendo determinante nesse reaproveitamento de agenda. “É uma medida de ofertar para a população mais consultas sem aumentar o nosso custo fixo”, completou o secretário.

 

Especialidades

Nas especialidades médicas, no mesmo período, foram efetuados 27.212 agendamentos, com total de 21.504 pessoas atendidas. Ao todo, 7.899 pessoas não compareceram, 29% do total, porém, com 2.191 acolhimentos (10%), o índice de aproveitamento, que seria de 71%, foi a 79%.

 

Para reduzir as faltas, tanto nas clínicas básicas, quanto nas especialidades, a Prefeitura promoveu também campanhas de conscientização na cidade, tais como a publicação de outdoors para sensibilizar os usuários.

 

Reflexos 

De acordo com o secretário de Saúde, no segundo quadrimestre, entre clínicas básicas, especialidades e urgência e emergência, foram realizados 94.166 atendimentos, ou seja, mais de 50% na urgência e emergência, situação que precisa ser invertida.

 

Alexandre Viola salientou que boa parte dos pacientes que procura a urgência e a emergência é a mesma que faltou às consultas. “Muitas vezes, o paciente falta na consulta agendada, o problema se agrava e ele acaba recorrendo aos serviços de urgência”, avaliou. “Precisamos quebrar esse paradigma. É uma situação, aliás, que ocorre em todo o Brasil, um problema cultural”, completou.

 

Estratégia de Saúde da Família

Em breve, conforme determinado pelo prefeito Jaime Cruz, Vinhedo contará com o Programa Estratégia de Saúde da Família (ESF), que levará equipes médicas à casa dos vinhedenses, por meio de uma equipe multiprofissional atuando em ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação e reabilitação de doenças, sempre com foco na saúde da comunidade.

 

De acordo com o secretário Alexandre Viola, essa ação vai ajudar a reduzir os atendimentos na urgência e emergência. Em julho, o prefeito Jaime Cruz nomeou uma comissão responsável pela implantação do programa.

 

“Com esse programa, daremos início a um novo formato de atendimento em Vinhedo. Cada equipe da ESF será composta por médico, enfermeiro, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde (ACS). Nesta composição, também estão previstas equipes de saúde bucal com cirurgião dentista, auxiliar e técnico de saúde bucal. O Agente Comunitário de Saúde terá um papel importante na educação em saúde, atuando principalmente na promoção e prevenção”, explicou o prefeito Jaime Cruz.

 

O Programa Estratégia de Saúde da Família será implantado a partir da Unidade Básica de Saúde (UBS) que está em construção na Rua Agenor de Matos, ao lado do Complexo Educacional Norberto Elias, na Vila Garcez, região da Capela.

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