Jundiaí - Quinta-Feira, 23 de Julho de 2015 - Hora:09:12

Jundiaí: Ponte Torta é finalista de prêmio nacional em Brasília

O programa de Zeladoria do Patrimônio Histórico, aplicado em Jundiaí no processo de recuperação da Ponte Torta, está representando o Estado de São Paulo na etapa brasileira do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade.

O resultado final será definido nas próximas terça (28) e quarta-feira (29) na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília.

 

 

A etapa nacional conta com 57 ações em duas categorias selecionadas nos estados a partir de 234 projetos habilitados para a disputa do prêmio. O projeto da cidade, que integra o campo do programa, foi aprovado na categoria 1, chamada de iniciativas de excelência em técnicas de preservação e salvaguarda do patrimônio cultural, que visa valorizar e promover iniciativas de excelência em preservação e salvaguarda, envolvendo identificação, reconhecimento e salvaguarda; pesquisas; projetos, obras e medidas de conservação e restauro.

 

“Esse projeto de forma convencional seria apenas uma obra a ser terminada. Mas, quando vimos a importância do envolvimento da comunidade, o processo passou a ser o mais importante”, comentou o prefeito Pedro Bigardi em visita ao local com a secretária Daniela da Camara Sutti e o especialista Toninho Sarasá, que desenvolveu a metodologia.

 

De forma resumida, a zeladoria do patrimônio deriva do verbo “zelar” e está baseada na atribuição de valor a um bem pela comunidade, passando pelas etapas de entendimento, pertencimento e empoderamento.

 

O projeto Ações de Zeladoria e Conservação da Ponte Torta foi lançado pela Prefeitura de Jundiaí em setembro de 2014 e promoveu uma ampla mobilização de moradores e técnicos em torno do levantamento do papel desse agora monumento construído entre 1886 e 1888 na história da cidade. “É uma experiência muito importante para a cidade”, define a secretária Daniela da Camara Sutti.

 

Além de dezenas de depoimentos, o projeto cresceu com palestras e também pelas manifestações espontâneas da comunidade desde peças de artesanato até o bloco carnavalesco que leva seu nome, passando por histórias em quadrinhos que registram as passeatas contra a ameaça de demolição na década de 1980. Também dentro do projeto surgiu a redescoberta pedestre da chamada rua ou avenida Torta, que conecta esse projeto a outro em andamento, o Urbanismo Caminhável.

 

No momento, o projeto está em fase de construção da praça temática, que vai formar com o monumento e um pequeno mirante a nova paisagem desse patrimônio histórico de Jundiaí.

 

 

O prêmio


O programa de Zeladoria do Patrimônio, bastante contemporâneo aos formatos de participação democrática das políticas culturais, é o único representante de sua categoria no Estado de São Paulo (na outra, de promoção do patrimônio, foi indicado o caso de “O Milagre de Santa Luzia e Histórias da Tradição”) para o mais importante prêmio do gênero no país.

 

O nome do prêmio lembra o criador do próprio órgão federal, Rodrigo Melo Franco de Andrade, que integrou a equipe do ministro Gustavo Capanema no governo Vargas (1934-1945), ao lado de Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade, Cândido Portinari, Manuel Bandeira, Villa-Lobos, Lúcio Costa, Cecília Meireles e Afonso Arinos de Melo Franco que entre outras coisas reformou o ensino e criou a universidade pública e também o Instituto Nacional do Livro, além do próprio Iphan.

 

 

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