Jundiaí - Segunda-Feira, 26 de Fevereiro de 2018 - Hora:10:41

Mortalidade após cirurgias cardíacas do HSV é menor que a média do país

 

A equipe de Cirurgia Cardíaca do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo realizou um estudo, nos últimos dez anos, para avaliar diversos índices hospitalares relacionados às cirurgias cardíacas. A estimativa de risco cirúrgico levantada mostra excelentes resultados, com óbitos de cinco pacientes graves em cada cem operados. O índice é inferior a índices medidos internacionalmente. 

 

“Tivemos média de 4,3% de óbitos (de cada 100 operados morreram menos que cinco pacientes, todos graves), enquanto o EuroSCORE é de 16,6%”, explica o cirurgião cardiovascular do hospital, Alexandre Zilli,. A mortalidade cirúrgica média nacional é de 7% e nos EUA (Society Thoracic Surgeons) de cerca de 4%. EuroSCORE é o sistema europeu de avaliação de risco em cirurgia cardíaca (European System for Cardiac Operative Risk Evaluation – EuroSCORE), desenvolvido em 128 centros países europeus e destina-se a prever mortalidade em 30 dias nos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca.

 

“Estes resultados demonstram a importância do trabalho integrado de toda a equipe desde o cuidado pré-operatório até a alta hospitalar e seguimento ambulatorial. A equipe, altamente treinada, conta também com perfusionista, instrumentadora, além de médicos e enfermeiros da Unidade Coronariana/Pós-operatória, como a enfermeira responsável Marina Marques”, comenta o cirurgião cardiovascular e chefe da equipe, Luiz Carlos Bettiati Junior.

 

“Nosso resultado é um esforço de muitos. Contamos com a equipe do centro cirúrgico e da central de esterilização, que sempre se esmeraram para dar suporte às cirurgias”, ressalta o cirurgião da equipe, Raul Gaston.

 

Os pacientes do Hospital São Vicente são, na maioria dos casos, de alta complexidade. “Pacientes recém infartados ou vindos do Pronto-Socorro para cirurgias de urgência têm, em média, de 5 a 10% a mais de chances de ir a óbito. Conseguimos reduzir o tempo de internação na UTI em 7% e na Unidade Pós-Operatória em 15%, atingindo a meta de redução de infecção total em 20% e de sítio cirúrgico em 40%”, explica Zilli, responsável pelo estudo.

 

É o caso de Antônio Ferrari, de 85 anos, que após entrar pela sala de emergência do Hospital São Vicente, passou por uma cirurgia cardíaca e hoje, leva uma vida normal. “O tratamento foi ótimo. Toda a equipe me cuidou muito bem”, diz o paciente. “Meu pai estava muito mal, com problema no marca-passo, parada renal e água no pulmão. Pensei que fosse perdê-lo. Hoje meu pai é um moleque, não fica quieto e adora alimentar os animais no sítio onde mora”, lembra  a filha do paciente, Erci Ferrari.

 

“O serviço de Cirurgia Cardíaca e Hemodinâmica do Hospital São Vicente, ativos desde o ano 2000, nos deixa muito orgulhosos com os resultados obtidos, fruto de trabalho árduo e dedicado, o que nos torna o segundo melhor do Estado de São Paulo e um dos melhores do Brasil”, explica Dr. Wagner Ligabó, Mentor da Cirurgia Cardíaca no Hospital São Vicente.

 

Nos últimos 10 anos, foram realizadas 1716 cirurgias. Do total, 54% eram de ponte de safena, 19% de troca de válvula e o restante, cirurgias mais complexas, como cirurgias combinadas, de aneurisma/dissecção de aorta, reoperações e de cardiopatias congênitas.

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