Segunda-Feira, 14 de Agosto de 2017 - Hora:15:03

Unicamp: HC inaugura suíte endovascular mais moderna do SUS no País

 

O Hospital de Clínicas da Unicamp é o primeiro hospital do SUS no País a disponibilizar para os pacientes, a última tecnologia mundial em angiografia endovascular com o equipamento INFX-8000C com mesa híbrida da Toshiba. A estrutura foi montada em uma sala denominada suíte endovascular no centro cirúrgico e os recursos foram do Programa de Estruturação da Rede de Atenção Especializada do Ministério da Saúde. A cerimônia de entrega do equipamento contou com a presença da Coordenadora Geral da Unicamp, Teresa Artvars e do Superintendente do HC, João Batista de Miranda.

 

O evento contou também com a presença de Ana Terezinha Guillaumon, chefe da Disciplina de Moléstias Vasculares da FCM; do professor Roberto Teixeira Mendes, Diretor Associado da FCM; do professor Manoel Barros Bertolo, Diretor da Área da Saúde da Unicamp (DEAS); do professor Antônio Gonçalves de Oliveira Filho, Coordenador de Assistência do HC; do professor José Roberto Matos-Souza, Coordenador de Administração do HC; do professor José Tadeu Jorge, reitor da Unicamp no período de 2013 - 2017 , além de dirigentes, docentes, alunos e funcionários.  

 

Adquirida com um investimento de R$ 2.121.100,00 a suíte de intervenção hemodinâmica conta ainda, com um equipamento de ultrasonografia específico. A suíte endovascular faz parte de um conceito recente na área médica-hospitalar, de salas híbridas que consistem na integração entre centro cirúrgico e sala para procedimentos de intervenção associados a equipamentos de imagem de alta definição, projetados para otimizar ao máximo o tempo de cirurgia e a recuperação do paciente.

 

"Nossa suíte é uma das mais avançadas de seu tipo no país e a nova tecnologia representa um avanço para os pacientes, já que a precisão e a velocidade de aquisição das imagens durante procedimentos minimamente invasivos, será um dos principais diferenciais de qualidade do equipamento", explica a professora Ana Terezinha Guillaumon, chefe da Disciplina de Moléstias Vasculares da FCM. A remoção de tumores, diz, também é feita de forma mais completa e precisa em salas como essa.

 

Para entrar em operação, foram necessários 10 meses em obras de adequações em uma sala completamente nova no centro cirúrgico. O equipamento está instalado em uma área com 80m², climatizada, e conta com uma sala de comando. O valor total para a reforma e aquisição de acessórios foi de R$ 827.770,62 assegurados pelo ex-reitor José Tadeu Jorge. Nesse total estão inclusos um sistema de ar-condicionado exclusivo (R$ 110 mil), um foco cirúrgico de LED (R$ 101 mil) e uma estativa que custou R$ 28 mil.

 

Para o superintendente do HC, professor João Batista de Miranda, o potencial tecnológico da sala híbrida, como a suíte endovascular, inclui benefícios fundamentais para otimizar o fluxo de trabalho na instituição."Estamos incorporando ao nosso hospital uma tecnologia que se compara a de grandes centros de excelência dos EUA e Europa, com inovações de intervenção cirúrgicas significativas e que produzem os melhores resultados para os pacientes, principalmente, de tratamento da patologia, de recuperação mais rápida e segura do paciente no ambiente da sala híbrida", destaca.

 

Entre as vantagens tecnológicas da suíte endovascular está a redução de tempo cirúrgico pela metade, a redução da radiação por contraste, a alta definição dos exames em tempo real, procedimentos menos invasivos, com menos riscos operatórios e melhor recuperação pós cirúrgica.

 

Outro diferencial do equipamento é a sua mesa híbrida equipada com recursos avançados de software que auxiliam na reconstrução tridimensional das imagens angiográficas em tempo real, proporcionando uma visualização mais detalhada de toda a anatomia investigada.

 

Para a criação da suíte endovascular conduzida pela Divisão de Engenharia e Manutenção (DEM) foi necessária uma readequação da área da Anatomia Patológica e do laboratório de Endocrinologia, que passou para o terceiro andar do hospital. Os recursos da reitoria também incluíram essas reformas.

 

A equipe de cirurgia vascular realiza em média, 20 cirurgias por semana, sendo que 60% são endovasculares, revelando que a tecnologia para cirurgias desse tipo é uma necessidade e tendência em grandes hospitais como o HC. “Com o equipamento poderemos simular o procedimento e os resultados várias vezes antes mesmo da cirurgia, graças à tecnologia do aparelho que também será menos invasiva, com menos riscos operatórios e menor tempo de internação”, explica Guillaumon.

 

Entre os procedimentos que podem ser feitos estão implante de valva aórtica, aneurisma de aorta abdminal e torácica, implante de endoprótese aórtica, operações com derivação dos troncos supraaorticos e implante de endoprotese em arco aórtico, revascularização de membros inferiores. 

 

O novo equipamento dispõem de um arco-cirúrgico que permite angulações complexas de forma rápida na definição dos vasos, com precisão no diagnóstico e principalmente, maior segurança para o paciente. Outro destaque do angiógrafo é a possibilidade de reconstrução em segundos, de imagens em 3D de alta qualidade sem precisar mover o paciente ou o aparelho de posição. Além disso, com base nas imagens 3D, são fornecidos medidas precisas como comprimento, diâmetro, proporção de estenose e ângulo de ramificação, para a intervenção endovascular mais adequada.

 

A Toshiba desenvolveu um sistema de rastreamento de dose (DTS) que fornece uma visualização em tempo real, da taxa de distribuição de dose de radiação cumulativa na pele, bem como, a taxa de dose durante os procedimentos intervencionistas. Esses dados são codificados por cores, que revelam um mapa humano detalhado através de um gráfico 3D. Isso permite aos médicos, monitorar instantaneamente e minimizar a exposição do paciente à radiação.

 

O estado da arte do equipamento é o processamento de imagens que são obtidas sem distorção, com alta qualidade de resolução e com brilho uniforme. Uma nova geração de filtros (SNRF) tornou possível a redução da ruído com alta resolução espacial e menos lag. O novo filtro do angiógrafo INFX-8000C melhora as imagens de alta definição dos procedimentos auxiliando no planejamento mais adequado.

 

A tecnologia possui diversos aplicativos DICOM, como por exemplo, integração com o PACS (Picture Archiving and Communication System), o Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens do hospital.

 

O angiógrafo INFX-8000C da Toshiba incorpora também um sistema variável de dose de fluoroscopia (radiação). Com o toque de um botão ao lado das mesas, o operador pode escolher de quatro modos pré-programados de fluoroscopia, além de diferentes combinações de taxas de pulso, nível de dose, e de processamento de imagem. A fluoroscopia é uma técnica de imagem utilizada na medicina para obter imagens em tempo real de raios X, em movimento das estruturas internas de um paciente.

 

O HC é um centro de referencia regional em cirurgias endovascuclares para pacientes com doenças arteriais, com uma abrangência à cerca de 10 milhões de habitantes. A suíte endovascular pode ser usada em pacientes com alto risco ou risco proibitivo para cirurgia convencional. “É essencial sermos um hospital com tecnologia avançada e de última geração, para racionalizar qualificar e melhorar o atendimento do paciente SUS”, finaliza Guillaumon.

 

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