Seis escolas do Sistema Municipal de Ensino, em breve, terão em seus quintais verduras fresquinhas. Sob a coordenação do gestor José Antonio Parimoschi, a Unidade de Gestão de Educação está retomando o projeto horta escolar. Nesta semana, a diretora de Alimentação e Nutrição da UGE, nutricionista Maria Angela Delgado, e o engenheiro agrônomo Sérgio Mesquita Pompermayer, da Unidade de Gestão de Agronegócio, Abastecimento e Turismo, iniciaram visitas para avaliação dos espaços.
Neste primeiro momento, as hortas serão reimplantadas nas escolas Professor Antonio Adelino Marques da Silva Brandão, no bairro Morada das Vinhas, Deodato Janski, no Jardim Tarumã, Ivo de Bona, no Parque Almerinda Chaves, e Professora Judith Almeida Curado Arruda, no bairro Cidade Nova, que integram o projeto de prevenção à obesidade infantil, além das Emebs Professora Abigahil Alves Fêu Borin e Professor Jânio da Silva Quadros, ambas no Eloy Chaves. A iniciativa conta com o apoio da Unidade de Agronegócio, Abastecimento e Turismo. A estratégia será cultivar os que os alunos não gostam de consumir, tais como: beterraba, cenoura e verduras diversas.
“Esse projeto nasceu faz mais de 15 anos, antes mesmo da Resolução 26 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que fala da utilização do alimento como ferramenta da área pedagógica. Vamos retomá-lo, pois é um compromisso do prefeito atual, e com a perspectiva de expandir para todo o sistema. Ao envolver as crianças no plantio e na colheita, elas são estimuladas a experimentar, efetivando a educação nutricional. Por isso, a ideia é trabalhar com aquilo que elas menos aceitam, para que aprendam a conhecer. O que muda hábitos alimentares é o conhecimento. Além disso, o ‘horta escolar’ permite com que o professor trabalhe vários conteúdos pedagógicos em sala de aula”, explica Angela.
Novidades
A novidade é que, dentro das metas do prefeito Luiz Fernando Machado de o município se transformar em Cidade Educadora, as famílias e a comunidade dos bairros serão envolvidas. Os pais serão convidados a ‘colocar a mão na terra’, ajudando os alunos a cuidar dos espaços, além de receberem cursos de formação sobre hortas e sobre a importância de hábitos saudáveis para a saúde. Já a comunidade poderá participar da iniciativa dentro das Unidades Básicas de Saúde.
“Muitas UBSs têm espaço disponível e vamos levar os objetivos desse projeto e os alunos para esses equipamentos, fazendo o entrelaçamento entre as áreas de saúde e educação, para trabalhar, entre outras coisas, a prevenção de doenças, tais como a obesidade e o diabetes. Jundiaí, no passado, foi referência quando o tema era alimentação escolar. A ideia é, darmos novos passos, e voltamos a ser referência”, acrescenta a diretora.
Vale Verde
Em paralelo a reimplantação das hortas escolares, as Unidades de Gestão de Educação e de Agronegócio, Abastecimento e Turismo estão investindo para que a produção do Vale Verde atinja 100% da capacidade. No início do ano, apenas 20% era utilizada.
Do local, que possui área de 35 mil metros quadrados, saem diversos hortifrutigranjeiros para serem consumidos pelos alunos das creches e das escolas de período integral do Sistema Municipal de Ensino.
O projeto, desenvolvido em parceria com a Etec Benedito Storani, existe desde 1997, com a filosofia de melhorar a qualidade de vida dos alunos, por meio de uma alimentação mais natural, isenta de agrotóxicos, evitando também agressões à natureza humana e ambiental.
O Vale Verde é reconhecido nacionalmente porque toda a produção é isenta da utilização de agrotóxicos e tem certificação emitida pela Organização Internacional de Agropecuária.
