Terça-Feira, 23 de Novembro de 2021 - Hora:07:09

Reino perdido de Sigiriya tem mais de 1600 anos e passou 3 séculos abandonado

A enorme pedra no Sri Lanka tem mais de 300 metros acima do nível do mar esteve perdida por séculos, sendo redescoberta no ano de 1831, ainda assim muito da estrutura local permanece preservada até hoje

Dylan Shaw/Unsplash- A gigantesca rocha permaneceu desconhecida da civilização por séculos

 

Localizado a 370 metros acima do nível do mar e 200 metros acima das selvas que o cercam, a Sigiriya é um antigo complexo palaciano e fortaleza repleto de importância arqueológica que atrai milhares de turistas todos os anos.

 

Ainda no século 3, havia um mosteiro neste planalto, já no século 5 o rei Kasyapa ergueu a enorme residência e fortaleza real. Kasyapa conquistou o reino ao matar o próprio pai e assumindo o trono que seria do irmão mais velho. Temendo vingança, o conhecido “rei usurpador” mandou construir a fortaleza no topo da grande pedra, para ter visão privilegiada e dificultar o acesso a qualquer exército inimigo ao local.

 

O rei viveu no local por 17 anos, até que o irmão resolveu emplacar uma batalha contra ele e, abandonado pelo próprio povo, Kasyapa cometeu suicídio. O irmão então assumiu o trono que lhe era de direito, mas voltou à antiga capital do Sri Lanka, Anuradhapura, dando início ao declínio de Sigiriya.

 

Após a morte do rei, o local foi novamente transformado em um mosteiro, até que, sem nenhuma explicação conhecida, foi novamente abandonado durante o século 14. Toda a fortaleza, formada a partir do magma de um antigo vulcão inativo, foi todo esculpido em forma de um gigantesco leão, do qual hoje somente as patas estão preservadas.

 

A enorme pedra era desconhecida até ser redescoberta em 1831 e continuou desconhecida do mundo ocidental até o ano de 1907. Toda a obra arquitetônica local é surpreendente e deslumbrante, sendo reconhecida como umas das construções urbanas mais importantes do mundo antigo e como Patrimônio Mundial da Unesco, em 1982.

 

O Sigiriya é considerado uma das mais valiosas atrações e monumentos históricos do Sri Lanka, sendo considerada pelo povo local a Oitava Maravilha do mundo.

 

Quando ir

Louise Burton/Unsplash -A Lion Rock se destaca há quilômetros de distancia

 

O calor na região é muito intenso e, por causa das chuvas, as planícies do Sri Lanka podem ficar bem escorregadias em determinadas épocas, então o mais recomendado é que se visite a grande pedra entre os meses de dezembro e abril, época em que as chuvas são relativamente baixas e a temperatura mais amena – o calor é bem intenso por lá.

 

Entre os meses de junho e agosto as chuvas são mais baixas, mas os passeios deverão ser pelo início da manhã, quando é mais frio. Ao visitar, é importante que se use roupas confortáveis, leve água, lanche e se evite levar peso. A temperatura média do local é de 30°C, pode não parecer muito para um brasileiro, mas considerando que se estará a mais de 200 metros acima do mar e em uma longa caminhada, escalando uma enorme pedra, é melhor não passar sufoco.

 

Para entrar na Sigiriya há uma taxa de cerca de US$ 30 por pessoa (R$ 163,63 em conversão direta) e o pagamento é aceito somente em dinheiro. A taxa de inscrição para Sigiriya também inclui a entrada no Museu Sigiriya, que explica a história da cidade antiga e algumas das principais atrações.

 

A bilheteria está localizada em uma rua lateral próxima à entrada principal da fortaleza e funciona das 6h30 às 17h. É melhor ir precavido, apesar de haver um caixa eletrônico próximo ao local o mais comum é que este não esteja funcionando.

 

O que ver por lá

 

 

 

pius99/iStock - As patas do leão, apenas o que restou da gigantesca escultura que formava o castelo do rei

 

Ao chegar à famosa “Pedra do Leão”, o turista já se depara com as incríveis e enormes patas esculpidas em rocha, que marcam o início de uma enorme escada, com cerca de 1200 degraus, a subida é longa e pode ser bem cansativa, mas oferece uma vista que faz valer a pena o esforço. Para tirar fotos, o melhor horário é no final da tarde, com o pôr do sol oferecendo uma luz mais alaranjada e uniforme – em horários com o sol forte a visibilidade fica bastante prejudicada para as fotografias.

 

Lembrando que em alguns pontos da visita, em nome da conservação do local, é proibido tirar fotos.

 

Afrescos de mulheres seminuas

 

 

Marina113/iStock - Afrescos de mulheres seminuas marcam parte do passeio pelo local

 

 

As artes ainda muito bem conservadas se encontram já na metade da subida. As pinturas retratam mulheres de cintura fina e seios fartos que, segundo uma lenda local, seriam as amantes do rei Kasyapa – que teria mais de 500 mulheres. Por outro lado, também existe a teoria de que sejam representações de ninfas celestiais da deusa Tara, pela semelhança com as figuras rústicas em Ajanta, na Índia.

 

Jardins aquáticos

 

 

pavel_klimenko/iStock - Os jardins aquáticos

 

 

Próximo à entrada principal já é possível ver os jardins, seguidos por outros que são formados por terraços e pedrarias que, no passado, foram santuários de monges.

 

Há também piscinas de banho, ilhotas e, mais acima, jardins de pedras delicadas onde é possível ver as águas pelas curvas e os pedregulhos. No local há todo um sistema hidráulico com canais, lagos, pontes, bombas de água e cisternas que funcionam até hoje.

 

As paredes de espelho

As paredes com rochas tão polidas que se acredita que o rei passava algumas horas por ali, admirando a própria imagem. Com o passar dos anos, muitos vândalos foram ao local fazer gravuras, escrevendo poesias e declarações de amor – datadas de mais de 10 séculos atrás. Atualmente é terminantemente proibido escrever qualquer palavra ou desenho no local, por questões de preservação histórica.

 

Onde se hospedar

 

 
As patas do leão, apenas o que restou da gigantesca escultura que formava o castelo do rei. Foto: pius99/iStock
 
 

Existem vários hotéis e resorts na zona rural ao redor de Sigiriya, onde o turista pode ficar por alguns dias com conforto e – dependendo da opção – sem gastar muito dinheiro.

 

Há hotéis com valores que vão de R$ 97 do hotel La Dolce Vita, até R$ 784 do hotel Heritance Kandalama (valores por noite, considerando as opções mais básicas de cada hotel)

 

Do topo da Pedra Sigiriya, ou Pedra do Leão, é possível ver que as planícies ao redor são áreas rurais, repleta de arrozais, pequenas aldeias agrícolas e trechos de floresta. Pela região é possível fazer algumas caminhadas e provar iguarias caseiras do Sri Lanka.

 

Para passear pelas selvas é importante contratar os serviços de um guia especializado.

 

Fonte: turismo.ig.com.br

 

 

 

 

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