Jundiaí - Quarta-Feira, 22 de Julho de 2015 - Hora:08:15

Animais de zoológico e ONG de Jundiaí recebem tratamento especial contra o frio

Bichos ganham cobertores e alimentação reforçada em Sorocaba e Jundiaí. Zoo aumenta comida em 20%; 'manter temperatura corporal', diz veterinária.

Queda na temperatura significa entrar em estado de alerta para quem cuida de animais, principalmente os silvestres. Além de muita comida, eles recebem atenção especial na região de Sorocaba (SP) e Jundiaí (SP), com cobertores e materiais para evitar que o frio acabe causando doenças típicas do inverno.

 

Segundo a bióloga Cecília Pessuti, chefe de seção no Parque Municipal Zoológico “Quinzinho de Barros”, em Sorocaba, os animais começam a "sentir frio" quando o termomêtro cai para a casa dos 15º C.

 

"Se cair muito a temperatura eles começam a ter mudanças de comportamento, ficar mais parados, principalmente os mais acostumados com o calor, como os provenientes da região amazônica e da Mata Atlântica. Então o objetivo é gerar mais conforto térmico para eles", explica ao destacar a atenção redobrada durante a noite, quando as temperaturas constumam ser menores.

 

Os cuidados não trazem apenas conforto para os animais. Cecília explica que a preocupação se estende também a saúde dos animais, já que com a queda na temperatura, os bichos de sistema imunológico com baixa imunidade podem apresentar doenças no sistema respiratório, como a pneumonia. "Nós ficamos sempre alertas, acompanhando a previsão do tempo e nas condições ambientais para prever como vamos agir e evitar que alguma doença se manifeste", diz.

 

 

Cobertores


Os cuidados variam de acordo com o tipo de animal e seu estado de saúde. Os mamíferos, por exemplo, recebem cobertores. É o caso do macaco Black. O animal tem várias cobertas, para garantir calor durante todo o inverno. Elas são entregues pelo tratador ao lado da jaula.  O recinto dos primatas no Zoo de Sorocaba ainda possui uma caixa que produz calor no quarto dos saguis usando duas lâmpadas.

 

Os cuidados também são parecidos com os animais que passam por recuperação devido a traumas na ONG Mata Ciliar, em Jundiaí. Um dos exemplos é um filhote de gato do mato, que nesta época ganhou um ursinho de pelúcia.

 

Já um  macaco de aproximadamente quatro meses resgatado recentemente na beira de uma estrada após possivelmente ser atropelado.

 

“Como ele veio muito machucado, nós embrulhamos ele no cobertor, porque na natureza ele estaria agarradinho com a mãe dele, para aquecer e pela sensação de conforto e segurança”, explica a tratadora Joyce Mara Cachulo.

 

Outros cuidados


Os profissionais também selecionam alimentos mais calóricos para dar aos animais. "A gente tem que reforçar a alimentação pensando que o animal tem um gasto energético para não diminuir a temperatura dele", conta a veterinária Kaline Barbosa, da ONG Mata Ciliar.

 

  

 

Isto porque os animais estocam gordura para se manter aquecidos. “Antes do começo do inverno e durante toda a estação é importante oferecer uma quantidade maior dos itens que eles já recebem na dieta, para que possam ter esse acúmulo”, afirma Cecília.

 

No Zoo em Sorocaba, a quantidade de ração é aumentada em cerca de 20%. "Lógico que isso varia de acordo com o animal. Alguns, como por exemplo os répteis, consomem menos comida porque reduzem o metabolismo", detalha.

 

E não são só os mamíferos que precisam de atenção especial. As aves também sentem frio. Nos dois locais, as gaiolas das aves são cobertas com lonas, para evitar que recebam o vento gelado durante a noite.

 

A temperatura é mais controlada ainda no setor de répteis, já que as cobras e iguanas recebem placas térmicas e pedras com resistências que ajudam a aquecer os animais. "A diferença temperatura dentro do setor dos répteis chega a mais de 10º C, chegando a 28º C neste período de inverno", explica o tratador Valdir Aureliano do Zoo de Sorocaba.

 

Gaiolas de aves são tapadas com lonas para evitar vento gelado (Foto: Jomar Bellini / G1)

 

 

Fonte: g1.com

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