Jundiaí - Quinta-Feira, 18 de Maio de 2017 - Hora:07:39

Em 120 dias, Saúde liquida 80% da dívida de mais de R$ 22 milhões em Jundiaí

 

Quando a equipe do prefeito Luiz Fernando Machado assumiu a Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), em janeiro de 2017, encontrou mais de R$ 22 milhões em dívidas geradas pela falta de pagamento de fornecedores de remédios, insumos, prestadores de serviços de limpeza entre outros itens essenciais para garantir o funcionamento da rede de Saúde.

 

Hoje, quatro meses depois, a relação de credores se resume a apenas valores que serão pagos ao Instituto de Previdência do Município de Jundiaí (Iprejun). Quanto ao montante de dois dígitos caiu para pouco mais de R$ 4 milhões.

 

De acordo com o gestor de Saúde, Vagner Vilela, a partir de um levantamento, muitas despesas e gastos desnecessários e não prioritários foram eliminados. “Imóveis de alto custo que oneravam os cofres públicos, além de serem pouco usados, foram realocados ou otimizados. Tais medidas geraram uma economia de mais de 550 mil por ano”, calcula.

 

Vilela observa que todo este planejamento foi feito em sintonia com a Unidade de Gestão de Governo e Finanças (UGGF), com a austeridade necessária que a situação pedia. “De um lado foram desencadeadas ações para conter os gastos; de outros, foram utilizados os recebimentos das arrecadações do IPVA e IPTU, para garantir a regularização dos pagamentos das contas atrasadas. Além disso, conseguimos retomar as compras necessárias para que a rede básica de atendimento da saúde não ficasse comprometida. Muitos serviços não podiam parar, nem atendimentos serem interrompidos”, lembra.

 

Mas nem tudo caminha com tranquilidade, outra situação que preocupa é a judicialização, ou seja, quando são receitados medicamentos e insumos que, por não fazerem parte dos medicamentos disponibilizados na rede municipal, por intermédio de decisão judicial, o município se vê obrigado a pagar a maior parte do que deveria ser das esferas Estadual e Federal. “Hoje, estes gastos giram em torno de R$ 15 milhões ao ano para atender cinco mil pacientes, enquanto que para atender toda a rede, com mais de 400 mil habitantes, o gasto é de R$ 9,6 milhões”, compara o gestor.

 

Durante todo este ano de 2017, a UGPS vai trabalhar para colocar o trem de volta aos trilhos. Para isso será preciso otimizar o orçamento, tendo como desafio a busca de recursos em diferentes instâncias governamentais. “Principalmente na esfera federal, já que a última correção ocorreu em 2007, comprometendo o orçamento do município. Atualmente, os valores repassados são muito defasados”, lembra Vilela.

 

O gestor conclui lembrando que o resultado positivo e a rápida resposta são frutos do comprometimento dos profissionais de toda a rede da saúde. “Muito trabalho ainda precisa ser realizado para melhorar, aperfeiçoar e até resolver problemas que o usuário da rede de atenção básica enfrenta. Portanto, estamos conscientes de que temos um grande desafio pela frente”, completa.

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