Jarinu - Quarta-Feira, 06 de Maio de 2015 - Hora:09:04

Grupo de Reza de São Gonçalo mantém tradição e religiosidade

A Reza de São Gonçalo é uma manifestação de grande devoção ao Santo

Por volta de 1796, às margens do ribeirão Maracanã, em território pertencente à vila de Atibaia ergueram-se umas casas de moradias que posteriormente deram origem a um povoado que se tornou conhecido como Campo Largo. Algum tempo depois, mais precisamente em 1807, nas terras da fazenda do capitão Lourenço Franco da Rocha foi edificado uma capela que se tornou a Capela Curada de Nossa Senhora do Carmo do Campo Largo do Termo de Atibaia. Passaram-se os anos e nesse povoado, assim como em muitos outros, a religiosidade era manifestada através de danças, ritos e festas populares que passavam de pai para filho. Ao longo da história, num percurso desigual, as tradições ora ganhavam ora perdiam força, mas nunca se apagaram da memória do povo deste município que reverencia a sua cultura tradicional.

Contam os antigos, que até os anos de 1930, eram frequentes as rezas em louvor a esse santo no centro da cidade onde os grupos do “seu Eduardo”, ligado à família Januário e o da família Boava se revezavam durante a noite toda, ao som de duas violas, acompanhados de palmas e sapateados, enquanto se alternavam em respeitosas saudações ao altar, através de versos compostos pelos violeiros. Esses grupos, pela idade de seus lideres, pela dificuldade em conquistar jovens, foram desaparecendo entre os anos de 50 e 60.

Porém, na década de sessenta, para trabalhar na lavoura da uva, chegaram diversas famílias, entre elas a do seu Dito Machado e a do seu Amado Damasceno, compadres e mestres na arte da viola e dos versos de São Gonçalo. Não demorou para que as famílias se juntassem aos familiares dos devotos jarinuenses para dar continuidade a devoção a este santo, celebrado em Portugal como protetor dos casamentos e dos violeiros e, aqui em Jarinu, como intercessor para as doenças das pernas.

A Reza de São Gonçalo é uma manifestação de grande devoção ao Santo não uma apresentação de show. O Grupo de Jarinu vem se renovando com a participação ativa dos novos componentes unidos aos pais e avós não deixando que se perca esta tradição, mantendo nosso município no patamar das raras cidades do estado que conservam esta cultura como comprovado pelo Revelando São Paulo – Festival da Cultura Paulista Tradicional.

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